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Armando Barbosa enumera os principais procedimentos terapêuticos utilizados pela Paincare no combate à dor. Paralelamente, apresenta também os principais resultados da investigação científica desenvolvida ao longo dos anos.
Apostada, desde a sua génese, em proporcionar uma abordagem diferenciada perante a dor crónica, a Paincare é um espaço especializado e pioneiro no combate de um problema que acarreta pesados entraves à nossa qualidade de vida.
Dispondo atualmente de consultórios em Lisboa, Porto, Albufeira e Caldas da Rainha, a Clínica da Dor assume-se como um projeto iniciado há 20 anos que sempre procurou a inovação e o domínio de metodologias de tratamento que fossem minimamente invasivas e de comprovado sucesso científico.
Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, e especialista em Anestesiologia, Armando Barbosa concilia o papel de fundador e diretor clínico da Paincare com o seu estatuto enquanto membro do comité de educação e Senior Intructor da Spinal Intervention Society, uma sociedade científica norte-americana dedicada ao estudo da dor de origem vertebral.
Somando a este currículo os vastos programas de formação que frequentou internacionalmente, ou o amplo know-how e experiência profissional, o nosso interlocutor dá a conhecer as mais avançadas metodologias de diagnóstico e tratamento que têm permitido à Paincare somar vantagens no momento de prevenir, identificar e neutralizar a dor.
Caracterizada pela heterogeneidade dos seus tratamentos, a Clínica da Dor é um espaço onde “cada paciente é analisado caso a caso”, obedecendo à importância de conhecer atempadamente o seu historial clínico e de estabelecer um diagnóstico correto, por forma a concretizar-se o eficaz alívio da patologia.
Neste contexto, e tal como explica Armando Barbosa, “o tipo de tratamento mais frequente são os Bloqueios Diagnósticos” que consistem numa técnica utilizada sempre que a história clínica e os exames complementares de diagnóstico não permitem identificar a origem da dor (aspeto particularmente comum na coluna vertebral).
Esta é uma metodologia que “consiste em injetar uma pequena quantidade de anestésico local na zona que pensamos estar a provocar a dor. Se houver um alívio, é porque ela vem daquela zona”, explica o especialista, acrescentando que é essa mesma certeza que permitirá avançar para o tratamento da patologia.
Um procedimento particularmente frequente na Paincare e que veio “alterar o tratamento da dor a nível mundial” é a Radiofrequência.
Reconhecida pelo seu carácter minimamente invasivo, “esta é uma técnica que atua pela emissão de calor e que faz uma desvitalização das zonas que estão na origem da dor”, sintetiza Armando Barbosa, numa alusão a uma opção terapêutica que se revela eficiente no tratamento de artroses na coluna e que goza de uma taxa de sucesso relativamente alta, “embora não resulte em todos os pacientes”.
Por outro lado, já desde o século XIX que existem referências ao uso médico do ozono, no que corresponde a outra opção terapêutica de elevada relevância na Clínica da Dor.
Mais concretamente, a Ozonoterapia consiste na administração de uma mistura de ozono e oxigénio que, embora irritante para as vias aéreas, “quando aplicado noutras estruturas – como as hérnias discais – tem um efeito anti-inflamatório analgésico e provoca uma diminuição do disco intervertebral”, esclarece o diretor clínico.
Para além de permitir o tratamento de artroses ou artrites das grandes articulações, a Ozonoterapia pode ser utilizada por via endovenosa para doenças que tenham uma dor mais generalizada, como a fibromialgia (na resposta à qual se recorre, muitas vezes, à terapêutica farmacológica).
Ainda relativamente ao tratamento das hérnias discais, importa salientar a existência de uma técnica: a Nucleoplastia por Fibra Ótica, que se consubstancia na introdução de fibra ótica no interior do disco intervertebral, que provocará um aumento da temperatura e, consequentemente, a diminuição das hérnias e o encerramento de fissuras do disco, “Sendo que a fibra ótica que usamos atualmente representa uma evolução em relação às anteriores” relembra Armando Barbosa, numa referência ao cariz pioneiro da Paincare.
Estar a par dos mais recentes progressos tecnológicos é, simultaneamente, a consolidação de uma mais valia e a prossecução de um desafio. Se existe, posto isto, uma tipologia terapêutica que corresponda “ao futuro” serão os Tratamentos Biológicos. Sabendo de antemão que o organismo tem a capacidade de se autorregenerar, várias são as alternativas aplicadas na Paincare.
Numa primeira fase, o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) corresponde a um procedimento que permite a recolha de sangue, tendo por base a separação dos seus vários constituintes e a posterior aplicação das plaquetas. Tal como elucida o especialista, “as plaquetas têm a capacidade de regenerar os nossos tecidos porque têm no seu interior substâncias chamadas fatores de crescimento, que têm um efeito anti-inflamatório e permite regenerar os tecidos”. Este
tratamento pode ser aplicado não apenas nas articulações e hérnias discais, como também nos tendões, tendinites, ou ligamentos.
Uma outra vertente da medicina regenerativa encontra-se na aplicação de células estaminais. Neste tratamento, “retiramos células do próprio doente, que se encontram na medula óssea, na gordura ou, inclusivamente, na mucosa nasal”, refere o diretor clínico. Estas mesmas células são, por seu turno, separadas com o intuito de serem posteriormente administradas na zona do organismo a ser tratada, nomeadamente os discos intervertebrais, as articulações da coluna ou de outras partes do corpo.
Por fim, a Neuroestimulação trata-se de um tratamento que tem sofrido importantes avanços nos últimos anos, consistindo na inserção de elétrodos sobre a medula, quer a nível lombar, quer cervical – consoante a dor se localize nos membros inferiores ou superiores.
“Esses elétrodos, quando próximos da medula, transmitem um impulso elétrico que vai inibir a transmissão de dor”, descreve o diretor clínico sobre “um tratamento que é dispendioso, mas tem revelado elevadas taxas de sucesso para os casos mais difíceis”.
Paralelamente ao seu trabalho enquanto clínica de excelência no diagnóstico e tratamento da dor, a Paincare tem assumido um papel de destaque na área da investigação científica, em parceria com instituições internacionais de Ensino Superior.
Neste momento, “temos cerca de 40 claims em análise pelo European Patent Office”. Estas correspondem, mais concretamente, a patentes na área dos dispositivos médicos destinados à administração de fármacos (drug delivery devices), tendo por finalidade assegurar a segurança do doente.
Através desta tecnologia, “poderemos garantir, sem qualquer margem de erro, que um medicamento que fornecemos ao doente é tomado na dose que pretendemos”, exemplifica Armando Barbosa.
Mas a inovação possibilita ainda “a análise de determinados sinais vitais do doente, fornecendo-nos a garantia de que o indivíduo se encontra sempre em segurança”, na medida em, que subjacente ao funcionamento destes dispositivos médicos, se encontra a capacidade de analisar os possíveis efeitos secundários da medicação administrada.
Mas igualmente possível, por intermédio da tecnologia de inteligência artificial, é o envio de “inputs” por parte destes mesmos aparelhos para um sistema central de informação, através do qual os dados alusivos a cada paciente são analisados por forma a aferir, de forma contínua, a manutenção da sua segurança e bem-estar.
Um outro dispositivo que a Paincare patenteou assenta no controlo da quantidade de opioides consumidos pelo utente em contexto pós-cirúrgico. Assim, e caso seja necessário, “o sistema consegue, por exemplo, enviar um alerta ao médico ou à clínica/hospital de que o doente não está a fazer a medicação nas doses ou horas corretas”.
Outra das patentes registadas por Armando Barbosa baseia-se na personalização destes fármacos contendo um chip no seu interior que permitirá, entre outras ações, “compreender qual é a biodisponibilidade do medicamento no doente ou efetuar análises, detetando quais as substâncias químicas que se encontram no corpo”, num conjunto de dados que é posteriormente analisado, a fim de se confirmar os efeitos benéficos do medicamento.
Estas correspondem, em suma, a apenas algumas das múltiplas tecnologias e patentes que serão tornadas públicas ao longo do próximo ano, momento em que se desenvolverão também os primeiros protótipos e cuja futura comercialização será materializada através de parcerias.
Felizmente, “não deveremos sentir dificuldades nesse aspeto porque já algumas empresas mundiais manifestaram interesse
em ouvir o projeto”, verifica o nosso interlocutor, confirmando, desta forma, que as possíveis frentes de combate à dor são cada vez mais amplas, completas e inovadoras.
Faça o download em PDF desta entrevista do Dr. Armando Barbosa para a revista Perspectivas.