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    Dor crónica vertebral: Uma nova abordagem da dor

    Entrevista Dr. Armando Barbosa – Dor crónica vertebral

    • 11 de Outubro, 2017

    A Paincare é uma clínica que contribuiu para mudar a forma como a dor crónica tem sido observada e tratada em Portugal. O seu fundador, Armando Barbosa, fala-nos sobre o projeto, antecipando também a sua internacionalização.

    Armando Barbosa

    Corria o ano de 2002 quando Armando Barbosa se aventurou num projeto ousado – a clínica Paincare – assente no tratamento da dor crónica por intermédio de metodologias minimamente invasivas. O elemento-chave prendia-se, neste contexto, com a adoção de técnicas de intervenção, na tentativa de minorar um problema cuja solução passava sobretudo pela administração de fármacos.

    Um objetivo efetivamente inalterado desde a génese da PainCARE é “o domínio das últimas e mais avançadas técnicas” para o tratamento da dor, “desde que demonstrem, através da evidência científica, que funcionam”, esclarece o diretor clínico.

    Não constituirá, como tal, surpresa que este tenha sido um projeto responsável por contribuir para introduzir no nosso país procedimentos terapêuticos reconhecidos hoje pelo seu valor enquanto alternativas minimamente invasivas.

    Um exemplo é a radiofrequência, que permite “dessensibilizar algumas zonas da coluna vertebral”, tratando-se esta de uma técnica efetuada com anestesia local, em regime de ambulatório, com elevadas taxas de sucesso. Mas uma vez que se torna frequentemente impossível encontrar a origem da dor crónica – mesmo recorrendo a exames complementares – o conceito de bloqueios diagnósticos assume–se como um importante procedimento, atendendo ao facto de permitir anestesiar a zona do corpo que se acredita encontrar na génese do mal-estar.

    A ozonoterapia diz, por outro lado, respeito a mais uma das inovações utilizada pela Paincare, recorrendo ao uso de uma substância conhecida pelo seu forte poder anti-inflamatório, antioxidante e analgésico.

    Entre as diferentes metodologias terapêuticas, realça-se, no entanto, o cariz inovador da aposta que a clínica tem vindo a desenvolver no âmbito dos tratamentos biológicos para atender às dores vertebrais e articulares.

    Esta consiste, por seu turno, numa metodologia que aproveita a capacidade que o nosso organismo tem para se autorregenerar, aplicando esse mesmo fenómeno para o alívio da dor.

    Um aspeto que, por seu turno, se releva comum às diversas frentes de atuação da clínica corresponde à especial preocupação com que as origens do problema – e não apenas a dor – são abordadas. Significa isto que tão importante para a Paincare como aliviar o sofrimento é conhecê-lo de forma integral.

    Compreender a dor

    Constatando que a maioria dos seus pacientes sofre de patologias ligadas à coluna vertebral, Armando Barbosa verifica como a mentalidade da população portuguesa se alterou em torno da dor crónica ao longo dos últimos anos. “Quando iniciámos o projeto, era muito frequente – tendo em conta o contexto judaico-cristão da nossa cultura – que as pessoas encarassem a dor como algo feito para ser aguentado e uma fatalidade”. Esta correspondia, de resto, a uma atitude para a qual também contribuiu a mentalidade de diversos profissionais de saúde que, de acordo com o especialista, “não valorizavam a dor
    corretamente”.

    Desde então, foram tomadas algumas providências, nomeadamente pelo Ministério da Saúde, que se relevaram bastante eficazes”, prossegue o porta-voz, lembrando o momento em que este passou a ser considerado o quinto sinal vital, implicando um cuidado superior no seu registo e monitorização, por parte das unidades de saúde.

    Armando Barbosa verificou, do mesmo modo, um crescente interesse por parte de jovens médicos no universo da dor crónica, o que se evidencia pelo crescente número de profissionais portugueses a marcar presença em eventos de cariz internacional centrados neste tema.

    Se há, no entanto, uma circunstância capaz de atestar a urgência de se aprofundar conhecimentos em torno desta área, tal corresponderá ao facto de este ser um problema suscetível de afetar toda a população, “desde as crianças aos mais idosos”.

    Se, posto isto, o crescimento de problemas degenerativos – quer a nível das articulações, quer no que respeita à coluna ou outros elementos do organismo – corresponde a um fator de risco para as faixas etárias mais elevadas, é lícito sublinhar que as complicações nos discos intervertebrais são particularmente frequentes nas pessoas entre os 20 e os 40 anos.

    Já no grupo entre os 40 e 60 anos são as articulações que correspondem aos principais catalisadores da dor crónica.

    Internacionalização

    Para além se te tratar de uma problemática transversal a diferentes eixos da população, a dor crónica corresponde a uma patologia com uma taxa de incidência em torno dos 30%, não apenas em Portugal, como também nos diversos países do mundo civilizado.

    Falar nela pressupõe, por isso mesmo, a alusão a um problema de cariz mundial a que a Paincare tem procurado proporcionar respostas, assentes nos valores da inovação e na segurança para o doente.

    Na tentativa de atender a esse mesmo propósito, a clínica deu início a um processo de internacionalização que levará as suas terapias e progressos tecnológicos a um conjunto específico de geografias onde a sensibilidade em torno da dor crónica se encontra ainda longe de estar consolidada.

    Exemplo disso será a inauguração, até ao final do ano, de um espaço Paincare no Cazaquistão, a que se deverá seguir – mediante o contributo de uma série de parcerias – a introdução do conceito em países como a China, a Rússia ou os territórios outrora correspondentes à União Soviética, permitindo deste modo que se universalizem os tratamentos de um problema já de si global.

    Dr. Armando Barbosa

    Licenciado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, e especialista em Anestesiologia, Armando Barbosa sempre foi um profissional particularmente interessado pela dor crónica, sendo possível estabelecer-se um paralelo entre o desenrolar do seu percurso e a maior dinamização desta temática em Portugal.

    Fulcral para a aprendizagem das mais avançadas técnicas de tratamento que viria a introduzir no nosso país, foram os diferentes programas de formação que o nosso interlocutor frequentou em diversos pontos do globo, de Espanha à Suiça, sem esquecer os Estados Unidos, Alemanha ou Suécia.

    Paralelamente à sua atividade enquanto médico, Armando Barbosa dedica-se ainda ao ensino da especialidade, contando com um amplo currículo nesta vertente, no qual se inclui o trabalho por si desenvolvido no Academic Medical Center (em Amesterdão), um dos maiores hospitais universitários a nível europeu, mediante o qual o nosso interlocutor se dedica à formação de novos médicos para os diferentes procedimentos que permitam atender à dor crónica.

    Ainda neste contexto, importa salientar o papel deste especialista enquanto membro do comité de educação e Senior Intructor da Spinal Intervention Society, uma Sociedade Científica Norte Americana dedicada ao estudo da dor de origem vertebral.

    O contributo que, todavia, Armando Barbosa tem proporcionado para o aprofundar de um tema essencial para a qualidade de vida da população mundial afirma-se também noutras frentes, correspondendo o anestesiologista a uma das vozes mais ativas em Portugal para o aprofundar do debate e do desenvolvimento de novos conhecimentos sobre esta área.

    A comprová-lo, basta sublinhar os múltiplos congressos internacionais que têm vindo a ser dinamizados ao longo dos últimos anos. Todas estas ações assumem-se, de resto, como consequência do especial interesse pela temática da dor que o fundador e diretor clínico da Paincare tem vindo a alimentar, de forma intensa, ao longo dos últimos anos.

    Faça o download em PDF desta entrevista do Dr. Armando Barbosa para a revista Perspectivas.