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O chamado «síndrome do golpe do chicote», movimento brusco que o pescoço faz aquando do choque, provoca lesões frequentes na zona cervical e é uma fonte de dor crónica intensa. Em Portugal não existem dados sobre a população afectada, no entanto, uma investigação internacional conclui que as lesões cervicais por «golpe do chicote» representam mais de 70% do total de queixas por ferimento em acidentes e, em Espanha, os acidentes de viação são responsáveis por 98% das entorses cervicais diagnosticadas.
Um dos tratamentos mais eficazes para tratar estas lesões é a radiofrequência, técnica pouco invasiva que consiste na aplicação de uma agulha na zona dolorosa que, através da emissão de radiofrequência, gera calor sob a camada mais profunda da pele.
O calor produzido desactiva os nervos que enviam os estímulos dolorosos para o cérebro, eliminando, assim, a fonte de dor. O tratamento permite um alívio significativo da dor e, uma vez que necessita da introdução de uma agulha, não implica cirurgia, sendo a recuperação relativamente rápida. Este tratamento pode ser definitivo e tem uma taxa de sucesso elevada.
«A dor na zona do pescoço e ombros, apesar de ser muito frequente, é ainda ignorada por muitos portugueses, que desconhecem a sua origem e as opções terapêuticas eficazes para a solucionar. A radiofrequência é uma técnica percutânea muito eficaz no controlo da dor crónica. É relativamente simples, de rápida execução e com um tempo de recuperação bastante reduzido, o que permite retomar a rotina diária, praticamente, de um dia para o outro, e, também, retomar actividades que anteriormente era quase impossível realizar, devido à dor», explica Armando Barbosa, fundador e director clínico da PainCARE.
Efectuada em regime ambulatório e com recurso a anestesia local, a radiofrequência está também indicada no controlo e redução da dor associada à doença oncológica, às artroses da coluna vertebral e instabilidade da coluna, hérnias discais ou dores após cirurgias nesta zona.
As lesões cervicais podem ter tratamento.