Unidade privada com cuidados de saúde inovadores e de excelência

  • Uma equipa médica conceituada;
  • Uma abordagem global com consulta, meios de diagnóstico e recuperação física;
  • Um espaço amplo e agradável;
  • Acesso fácil e estacionamento acessível.

Marque já a sua consulta
de forma fácil e rápida

    urgentenão urgente

    Neuroestimulador, o que é e para que serve

    • 20 de Julho, 2022

    A dor neuropática é um tipo de dor que decorre da alteração do funcionamento do sistema nervoso, seja ele o sistema nervoso central ou periférico. As queixas apresentadas pelos doentes são queixas menos comuns, na apresentação de dor, podendo haver sensação de choque elétrico, picadas de agulhas, dormência, calor ou a sensação de um frio doloroso.

    A primeira abordagem da dor neuropática passa por uma correta identificação da causa, um mapeamento da região da dor preciso e a instituição de um tratamento farmacológico baseado em fármacos como os antidepressivos e anti convulsivantes, que são também usados para tratar outro tipo de doenças.

    Nos casos de difícil controlo da dor, a neuroestimulação deve ser sempre uma opção de tratamento, podendo ser realizada estimulação medular ou estimulação de nervo periférico.

    A neuroestimulação é um tipo de tecnologia que, com recurso a impulsos elétricos específicos para cada tipo de doente e de doença, inibe a transmissão da dor com características neuropáticas, aliviando de forma imediata as dores do doente.

    Doenças como a nevralgia pós-herpética, dor de membro fantasma após amputação, neuropatia diabética ou pós quimioterapia, síndrome regional complexo ou dor lombar e cervical pós cirurgia, podem ser casos com indicação para neuroestimulação medular ou periférica, dependendo das características específicas do quadro em causa.

    Para além do controlo da dor, a neuroestimulação pode ser aplicada em doente com incontinência, quando corretamente selecionados, com uma melhoria importante da qualidade de vida. Nestes casos, a neuroestimulação realizada pode ser de nervo periférico (sobre o nervo tibial posterior) ou das raízes sagradas, responsáveis pelo mecanismo de continência.

    Tanto a neuroestimulação medular como a de nervo periférico são técnicas realizadas em regime de ambulatório, não necessitando de internamento, sob anestesia local e sem dor. Sendo esta uma técnica minimamente invasiva, necessita de recorrer a dispositivos de imagem médica para sua realização, necessitando a neuroestimulação medular de controlo por raio-x, e a estimulação de nervo periférico realizada com recurso a ecografia. Ambas as técnicas são realizadas em bloco operatório.

    Das várias vantagens a salientar deste tipo de técnica de controlo de dor, a possibilidade de redução efetiva de dor, diminuição marcada dos medicamentos para controlo da mesma e, acima de tudo, a personalização do tratamento (com recurso a diversos protocolos de neuroestimulação, dependendo da resposta de cada doente) ao longo da vida do doente, apresentam-se como vantagens importantes deste tipo de tecnologia.

     

     

           Por Dr. Mariano Veiga, médico anestesiologista especialista em dor crónica nas clínicas Paincare