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    urgentenão urgente

    A dor neuropática

    • 4 de Fevereiro, 2019

    A dor neuropática é um tipo de sensação dolorosa que ocorre em uma ou mais partes do corpo e é associada a doenças que afectam o Sistema Nervoso Central, ou seja, os nervos periféricos, a medula espinal ou o cérebro.

    Esta dor também pode ser consequência de algumas doenças degenerativas que levam à compressão ou a lesões das raízes dos nervos ao nível da coluna.

    Características

    A dor neuropática manifesta-se de várias formas, como uma sensação em queimadura, aguda, penetrante, como um choque eléctrico, dolorida, pulsátil, esmagadora, como uma dor de dentes ou como uma queimadura solar.

    Pode ser acompanhada ou não de “formigueiro” ou “dormência” (sensações conhecidas como parestesias) de uma determinada parte do corpo.

    Como no sistema nervoso existem fibras “finas” e fibras “grossas”, as características das dores podem identificar qual o tipo de fibra que está comprometida.

    Nas lesões das fibras finas predominam geralmente as dores em queimadura, aperto e peso. Nas lesões de fibras grossas são mais comuns as dores penetrantes, agudas ou como um choque eléctrico.

    Existem ainda situações em que existem ambos os tipos de dor, isto é, dores de fibras finas e grossas em simultâneo, as chamadas dores mistas.

    Quando só uma estrutura nervosa está comprometida pela doença, a mononeuropatia, a dor é bem localizada, podendo afectar um lado do corpo ou da região (por exemplo, um lado da perna, do tórax, da face, etc.).

    Por vezes, pode estar envolvido mais de um nervo no processo, causando dores em mais de um segmento do corpo (mononeuropatia múltipla).

    Causas

    • Vírus e Bactérias

    • Traumatismos

    • Diabetes Mellitus

    • Acidentes

    • Alcoolismo e deficiências nutricionais

    Tratamento

    O tratamento da dor neuropática varia de acordo com a doença e com o estadio em que ela se encontra.

    O objectivo é tratar especificamente o nervo ou a doença que o está a lesar indirectamente e/ou a dor resultante dessas lesões ou visar somente o alívio da dor. Os medicamentos mais frequentemente usados são:

    Anticonvulsivantes – substâncias usadas para tratar a epilepsia (gabapentina, carbamazepina, lamotrigina) que actuam diminuindo a actividade eléctrica dos nervos ou inibindo a passagem das dores por determinadas vias nervosas.

    Anestésicos – como a cetamina e a ropivacaína, que também diminuem a actividade eléctrica dos nervos.

    Antidepressivos – como a amitriptilina e a imipramina, que estimulam certas partes do sistema nervoso que vão inibir a passagem da dor, além de actuar na depressão que geralmente acompanha a neuropatia ou qualquer dor na fase crónica.

    Outras Técnicas

    Para alguns tipos específicos de dor neuropática o médico poderá indicar tratamento cirúrgico do nervo, da medula espinal ou até a nível cerebral (exemplos: implantes de eléctrodos, estimuladores que funcionam como pacemakers cardíacos).

    O tratamento visa curar a doença e, quando isso não for possível, aliviar o sofrimento do doente.

    Vale a pena lembrar que o controlo adequado da dor favorece o doente em vários aspectos: melhora as actividades diárias, proporciona um sono tranquilo e reparador, aumenta a capacidade de trabalho, estimula o apetite sexual e melhora a auto-estima.

    Em suma, melhora a qualidade de vida.

    Dor neuropática

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