Dor Pélvica: Causas, Diagnóstico e Tratamento

• 22 de Março, 2024

1. Introdução

A dor pélvica abrange sensações dolorosas localizadas abaixo do umbigo e acima das pernas, podendo variar em intensidade e duração. Embora ambos os sexos possam ser afetados, é mais comum em mulheres. Essa condição pode ter várias origens e requer uma abordagem abrangente para diagnóstico e tratamento eficazes.

2. Causas e Prevalência

• Infecções locais, lesões musculoesqueléticas e disfunções de órgãos internos são causas potenciais de dor pélvica.
• Estudos indicam que cerca de 3,8% das mulheres entre 15 e 75 anos sofrem de dor pélvica crónica, tornando-se uma preocupação de saúde significativa.

3. Manifestações da Dor

A dor pélvica pode apresentar-se de diferentes maneiras, desde uma dor moderada e aguda até uma dor intensa e persistente. Essa dor pode interferir significativamente na qualidade de vida, sono e desempenho no trabalho.

4. Origens da Dor

• Problemas no sistema reprodutivo, como endometriose, doença inflamatória pélvica e aderências, respondem por cerca de 20% dos casos.
• Distúrbios gastrointestinais, incluindo síndrome do intestino irritável e hérnias, são responsáveis por aproximadamente 37% dos casos.
• Questões no sistema urológico, como cistite intersticial e síndrome uretral, representam cerca de 31% das causas.
• Problemas musculoesqueléticos, como síndromes miofasciais e fibromialgia, correspondem a aproximadamente 12% dos casos.

5. Diagnóstico e Avaliação

O diagnóstico da dor pélvica envolve uma avaliação médica abrangente, que pode incluir exames clínicos, histórico do paciente e exames de imagem. Ecografia vaginal, ressonância magnética e tomografia computadorizada são alguns dos exames utilizados para avaliação detalhada.

6. Tratamento

• O tratamento visa aliviar os sintomas e tratar a causa subjacente, quando identificada.
• O uso de medicações específicas para condições identificadas, como endometriose, é comum.
• Para controle da dor, podem ser prescritos anti-inflamatórios, antidepressivos e anticonvulsivantes.
• Procedimentos como bloqueios anestésicos e neuroestimulação medular são opções para casos refratários.

7. Abordagem Multidisciplinar

A abordagem multidisciplinar é essencial no tratamento da dor pélvica crónica. Além da terapia medicamentosa e procedimentos invasivos, a fisioterapia desempenha um papel crucial na redução da tensão muscular e correção postural. O suporte psicológico também é importante para ajudar os pacientes a enfrentar os desafios emocionais associados à dor crónica.